Pingo Doce

Um aspirante a copy como eu fica confuso a cada vez que a comunicação desta empresa da Jerónimo Martins atravessa qualquer um dos meus elementos sensoriais. "Terá sido um mau briefing?", "Os prazos seriam "para ontem"?", "Foi o meu irmão de nove anos que pensou naquilo?"...
Podia estar aqui a fazer perguntas até amanhã, mas nada que me possam responder justifica um resultado tão irritante que chega a ser obsceno. Encontro erros no body copy e na vertente visual que me fzem chorar!
Da rima rebuscada ao uso do vocábulo "permanece" (que dá cabo da métrica do jingle), tudo é errado! Então e a bandeira do nosso País a aparecer em "fade in" por trás de um idoso em cima de um fundo de céu azul, quando o nome da pátria é referido?! Assustador? Sem duvida que o é...
O pior desta campanha de comunicação é o senhor que se chama "X", que há seis meses se chamava "X" e que daqui a seis meses se chamará "X". Ele sim assusta-me mesmo muito. Será que o pedido no casting foi: "Precisamos de um velho com barba parecida com a do Pai Natal e com ar de Ferreira Díniz... Sim, sim o da Casa Pia!"?
Tudo bem que os brasileiros acabram de chegar aqui ao burgo e que ofereceram a campanha, mas o que os antigos dizem continua a ser verdade: "Não aceites nada de estranhos!".