quinta-feira, 17 de junho de 2010

Problema de expressão

Eu nem gosto muito da música dos Clã, mas sou o primeiro a admitir que, esta é provavelmente a melhor forma de passar para palavras algo que todos já tivemos a sorte, ou o azar, de sentir.
Sorte porque é preciso sentir algo muito fulminante e puro. Azar porque com isto surgem também os medos de rejeição e perda, tão próprios de um apaixonado.
Esta é na minha opinião uma canção, mas acima de tudo, uma mensagem intemporal. Mesmo que este poema fosse cantado nos anos 40, continuaria a fazer com que meio Mundo pensasse no outro meio. A pensar que esta música não só expressa o problema, como também oferece a solução para o mesmo, com o ónus de eliminar a tão temida possibilidade de rejeição...
É tão verdade que no cinema tudo parece mais fácil. É mesmo verdade que a língua inglesa parece nunca magoar ninguém. Mas a verdade é cada um de nós vive histórias que são dignas de um filme, passando algumas até a barreira da ficção, tocando o surreal. Nessas histórias acho que nem o inglês, com o qual me sinto tão à vontade, pode ajudar...
Quanto à distância entre o céu e o mar o que há a dizer? Se de perto parece que não nos tocamos, num plano mais largo, é impossível alguém estragar ou sequer tocar em algo que é tão uno, tão inseparável.
Para mim é aqui que se encontra o verdadeiro problema. Se por um lado queremos tocar o céu, por outro temos medo que, para o atingir tenhamos que perseguir o horizonte.

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