quinta-feira, 17 de junho de 2010

Viagem ao centro da Terra, para quê?

Muitas vezes apelidado de visionário, para mim, o senhor Júlio Verne era, na realidade, um viciado em substâncias cuja licitude é altamente questionável. Quem no perfeito controlo das suas faculdades mentais se lembraria “Giro, giro era ir passear até ao fundo da Terra!”. Eu sinceramente duvido que tal seja possível.
Mais questionável que o objectivo do passeio é ainda a paisagem com que as personagens se depararam. “Ah e tal, vamos aqui numa gruta e pimba! Uma realidade paralela!”. Quantas não foram as vezes em que ao dobrar uma esquina a realidade se alterou da noite para o dia... Nem uma!
Tudo bem que o senhor, de uma forma conceptual, se referiu a obras da engenharia, que ainda hoje, deixam o Mundo boquiaberto, como o submarino. Mas será uma atitude responsável da nossa parte, prestigiar indivíduos com este tipo de pensamento e de comportamento? Onde iremos parar?
Quando voltarmos a olhar para a Humanidade com olhos de ver, já a mesma estará vertiginosamente viciada em alucinogénicos. O Julinho não foi o único a ser reconhecido pela sua insanidade. Quem não conhece “O Grito”, ou qualquer uma das peças de um senhor que assinava Ricardo Reis? A insanidade começa no ponto prévio de o seu nome ser na realidade Fernando Pessoa e termina no seu apetite sexual para tudo o que é industrial.
Compreendo que o Mundo não é um lugar fácil para viver. Existem regras a cumprir e valores a respeitar, mas se não tivermos pulso de ferro com este tipo pessoas corre-mos o risco de por eles sermos contagiados. Quando dermos por nós andamos a pagar só para estacionar os carros em quase todas as cidades; a oferecer uma percentagem do rendimento do nosso trabalho a um sistema que depois o utiliza para tapar buracos financeiros criados por criminosos...
Caso vejam algum demente, ou criativo (como eles gostam de ser chamados), reportem imediatamente o caso a uma Autoridade Incompetente, ou aprisionem o mesmo, até ele parar de utilizar o cérebro. Quando o bandalho começar a acreditar em tudo o que ouve, a não reagir a injustiças e a parar de se insurgir e questionar a “verdade” o seu trabalho está feito!

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